Vem ver o sol brilhar em cada amanhecer, vem ver Hebe o Musical




Não estou conseguindo (mas juro que estou tentando) encontrar palavras para descrever o que considero o indescritível. 
Fazem dois dias já que fui ao teatro assistir Hebe, o Musical. Uma linda homenagem à eterna rainha da TV brasileira com tudo que ela mais amava: música e uma boa história pra contar, tão interessante quanto uma entrevista como as que Hebe comandou ao longo de sua carreira em seu famoso sofá.
Sou fã da Hebe desde 1986, quando ela estreou seu programa no SBT, casa em que ela trabalhou por longos 24 anos. Os mais bem sucedidos anos de sua carreira.
Acompanhei desde então seu programa. O estilo cheio de brilho, alegria de viver e glamour coroado por joias dignas de enfeitar e embelezar qualquer rainha, misturado a um engajamento incomum para para a mulher de sua época. Uma grande dama à frente de seu próprio tempo. Mulher que me inspira sobretudo pelo estilo e inteligência que nos convida a refletir sobre os assuntos mais variados.
Confesso, eu quis à minha maneira, de acordo com meu estilo de vida, "ser uma Hebe Camargo".
Sem perceber, uso muito o termo "gracinha", em conversas corriqueiras com familiares e amigos. Comprei revistas dela, um CD e uma réplica de anel. Gosto de usar anéis, correntinhas e brincos e me sinto muito elegante com um vestido de festa, com uma roupa mais fina. Sem falsa modéstia. Gosto de me arrumar para ir casamentos e poder  exercitar esse lado glamouroso.
Quem me ensinou a sentar no sofá com classe e elegância também foi Hebe Camargo.
E, falando nisso, já sentei no famoso sofá da Hebe numa exposição interativa do SBT em 2011. Parte de um sonho realizado.


Fiquei muito triste quando Hebe faleceu. Chorei demais. Não só por ser fã dela mas também por ter perdido minha mãe pela mesma doença que levou a querida Hebe, pouco mais de um ano de diferença entre elas e por isso, não pude realizar o sonho de conhecer e abraçar Hebe, mesmo tendo por três vezes a chance desse encontro. A primeira numa livraria no Morumbi em que ela estava lançando um livro. Muito longe de minha casa e muito ruim e tarde para voltar de ônibus. A segunda na cidade de Taubaté onde Hebe iria receber uma homenagem junto com outros artistas e fãs de Mazzaropi (fui homenageada também) mas ela não pode comparecer e a terceira foi uma caravana para assistir ao programa dela ao vivo na Rede TV mas não deu certo. Deus não quis. Não discuto o que Deus decide.
Passaram - se os anos. E quando soube que saiu esse lindo musical sobre a vida de Hebe baseado no livro de Artur Xexéu (que ainda terei o prazer de ler). Soube pelo Instagram de um amigo que trabalha na editora da biografia da Hebe (Hebe que aliás significa deusa da juventude. Está explicado o porque de tanto humor e jovialidade mesmo já carregando o peso de muitos anos).
Quis por tudo ir ao musical, ver, ouvir, sentir cada emoção. Valeu a pena cada segundo. Pedi para minha tia me levar.



Que coisa linda. Logo de cara uma abertura que não via há cinco longos anos. A mesma abertura do programa do SBT e a atriz Débora Reis esplendorosa com sua interpretação perfeita. Parecia a verdadeira Hebe descida do céu para reverenciar e ser reverenciada por seu público.
Algo inexplicável. Chorei muito!
Truques de luzes e maquiagem fizeram o público ver tudo em preto e branco na primeira parte em que Carol Costa interpretou com muita graça e poesia a juventude e o começo da carreira de cantora em Taubaté. Não dá pra descrever.
As cores só chegavam devagar à medida em que a trajetória avançava para os dias atuais, da TV technicolor (colorida). E depois as cores foram ganhando o brilho que tanto encantavam a apresentadora.
O espetáculo, brilhantemente dirigido por Miguel Falabella , passou por todas as fases da vida e da carreira de Hebe mostrando os momentos mais marcantes e comentados, comprovando que ela era realmente uma mulher moderna à frente do seu tempo mas que jamais perdeu a classe e a elegância.
E o momento mais triste e delicado, o da morte de Hebe.
Foi de um cuidado, uma leveza mas que sim, causava o impacto da perda. E o final ficou por conta do público, aplausos não só para elenco e equipe da peça mas, para ela, a grande homenageada. Aplausos que rompiam o teto do teatro de tão ensurdecedores para chegar ao céu com todo amor. Vem ver, vale a pena. É encantador, lindo de se ver, uma gracinha.
"Vem ver o sol brilhar
Em cada amanhecer
E o luar sorrir, vem ver
A vida passar
Por você" (trecho da abertura de Hebe o Musical)
Para quem quiser assistir também, segue o serviço com os horários:

Hebe o Musical 

Teatro Procópio Ferreira

De: 12/10/2017 a 17/12/201717/12/2017
Ingresso:  R$50,00 a R$190,00
Classificação: 12 anos
Horários: Quinta e Sextas: às 21:00h, Sábado: 17:00h e 21:00h
Domingo: as 18:00h
Vendas: https://www.ingressorapido.com.br
ou na bilheteria do teatro

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