O Agente da U.C.L.E.: O retrato do imaginário do Bond Maníaco



Foto: Fan page oficial do filme 




O imaginário de toda pessoa que gosta de filmes de espionagem gira em torno da Guerra Fria que foi um combate entre a antiga União Soviética e os Estados Unidos ocorrido depois da Segunda Guerra Mundial que visava o controle e a hegemonia política, ideológica e tecnológica. Foi um movimento em favor da liberdade de expressão e democracia e também era a luta do socialismo contra o capitalismo. Esses fatores sempre fascinaram e inspiraram a criação de  personagens que até hoje fazem sucesso.

Um desses personagens é James Bond, criado pelo escritor e jornalista Ian Fleming . Um agente secreto que trabalha no MI-6, tem permissão para matar e é comandante da marinha britânica espionando inimigos durante o período da Guerra Fria.

Com a fama de Bond, surgiram muitos outros personagens nessa mesma linha.

E entre esses milhares de personagens, surgiu na mesma época o personagem Napoleon Solo, um ex agente da C.I.A. que fez parte de um seriado homônimo ambientado na década de 1960 transmitida pela TV NBC nos Estados Unidos e também na TV Excelsior no Brasil. Já na época das séries para TV e telefilmes (aqueles que são lançados exclusivamente para serem exibidos pela TV, prática muito comum nos Estados Unidos), as inúmeras referências, não só da época, mas aos filmes clássicos de James Bond, que até quem não é fã consegue perceber. Como os atores George Lazemby e Patrick Macnee dos filmes 007 A Serviço Secreto de Sua Majestade e 007 Na Mira dos Assassinos respectivamente. E tantas outras referências que se alguém se arriscar a fazer uma lista delas talvez, nunca termine.

Em 1996, a TV Manchete (atual Rede TV) chegou a exibir alguns episódios do Agente da U.C.L.E. e, honestamente, eu não me recordo mundo de ter visto essa série (e me arrependo por isso).

Este ano foi lançado o filme com o mesmo título e a mesma "pegada" dos seriados para TV e também dos telefilmes. Estrelado por Henry Cavill, Armie Hammer, Alicia Vikander, Hugh Grant , Elizabeth Debick, e Jarred Harris. A estória se passa em plena Guerra Fria e todos aqueles elementos que a compõe ricamente detalhados. E uma combinação perigosa: C.I.A. e K.G.B., inimigas mortais, trabalhando juntas para deter uma guerra nuclear.

Um filme cheio de ação, espionagem no puro estilo real da coisa toda mas que não deixa de prender a atenção dos fãs de James Bond pois tudo lembra aquela atmosfera.

Ano passado, acompanhava com muito interesse a produção do filme pela internet e a cada notícia que saía queria ver o filme logo. E domingo passado, finalmente vi o filme. Impossível desviar o olhar, muita ação, aquele clima misterioso e intrigante. Perfeito para aguardar a estreia de SPECTRE em novembro e conhecer a espionagem pelo lado mais cerebral e menos "fantasia". Recomendo de verdade. E adoraria que a série voltasse para uma TV aberta para eu me redimir da culpa de não ter assistido (ou me lembrado). Agora é só aguardar pelo filme de 007.

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