50 Tons para devorar e querer mais

Capas da trilogia 50 Tons de Cinza
Conto nos dedos os livros que literalmente devoro. Sempre fui viciada em livros, adoro passear por livrarias, saber das novidades, sempre estar por dentro do que é moda no mundo literário como se a livraria fosse uma loja de roupas com suas coleções primavera verão outono inverno. Mesmo sem comprar tudo que vejo, gosto de ver de perto, manusear nem que seja apenas para ver a capa e a contra capa. E quando me interesso e posso, acabo levando um "mimo" prá casa. Quer me ver feliz é só me soltar numa livraria (risos). Simples assim.
Uma das modas literárias mais comentadas desse novo século é a literatura erótica para mulheres mas não aqueles romances de banca de jornal e sim estórias picantes recheadas de grande ousadia e sensualidade explícita, antes uma "exclusividade masculina" nas revistas e filmes para maiores. 
Não sei exatamente quem começou a alavancar essa moda mas acredito que, antes da escritora E. L. James (Erika Leonard James), ninguém tenha se aventurado neste ramo. E com o lançamento mundial de 50 Tons de Cinza, mulheres e alguns homens também descobriram esse novo seguimento.
Terminei, hoje, há alguns instantes, minha trilogia literária. Apesar de eu não ter acompanhado tudo quando virou moda nas prateleiras das livrarias, vi tudo acontecer à distância: a moda chegar, adormecer e voltar.
Quando do lançamento do filme com Dakota Johson e Jamie Dorman, a moda literária voltou com tudo, junto com a expectativa e os comentários e eu embarquei nessa pois fiz o caminho inverso. Primeiro vi o filme e no dia seguinte já estava com o primeiro livro em mãos.
Logo de cara percebi (e hoje tenho plena certeza) que o livro é muito melhor pois há coisas que funcionam muito mais para as mulheres quando são somente imaginadas.
Meu Deus! O que foi que aconteceu comigo? Li o primeiro livro em um mês e quando estava lendo eu "vivia" em um outro mundo. E criei expectativa para o segundo, queria "ver" os próximos acontecimentos e encontros entre Ana e Christian (peguei até um pouquinho de "intimidade" com os personagens, não só o casal mas com outros que os cercava).
Tracei minha leitura como se fosse uma investigação misturada ao ato de assistir uma novela em três grandes capítulos. E desfrutei de cada momento e cada nova "descoberta".
Em 50 Tons de Cinza, me fiz uma pergunta: Quem são Christian Grey e Anastácia Steele afinal?
Encontrei as respostas, um verdadeiro conto de cinderela onde a moça pobre encontra ao acaso seu príncipe encantado rico, bonito de doer (como ela mesma o define na narrativa da estória). Aí surge uma outra pergunta. Quais os mistérios de Christian Grey? Aí descobrimos o excêntrico, atormentado e controlador com cenas tórridas que assustam num primeiro momento mas que depois nos fazem querer cada vez mais.
No segundo livro, 50 Tons mais Escuros, a pergunta para a "investigação" é: Será que uma mulher é mesmo capaz de mudar um homem? A resposta que eu encontrei, para minha surpresa, foi sim e não.
Vemos aqui que Anastácia começa a dominar o gênio inquieto de Christian mas ao mesmo tempo tenta compreendê - lo e entrar no seu mundo cinza tentando ajudá - lo naquilo que ele até então desconhecia: o amor sem submissão de uma mulher. E também vemos que Anastácia descobre um mundo obscuro que coloca no mesmo patamar amor e violência, prazer e dor. É seu grande desafio que ela aceita corajosamente conseguindo grandes mudanças para seu relacionamento com Christian.
Já no terceiro e último, 50 Tons de Liberdade, a grande pergunta é: Qual é afinal o grande mistério que há nesta ligação entre eles e quais as cenas do próximo capítulo?
Bem, como noveleira que sou, considero este livro como o capítulo final de uma boa novela onde tudo já foi "amarrado" nos dois primeiros livros e que agora começam a fazer sentido e ser esclarecido, onde as estórias de todos os personagens é finalmente desvendada, deixando de ser 50 Tons de Cinza para ser "50 Tons de Todas as Cores". E um grande e inesperado desfecho "pós crédito". Uma grande estória que como já disse, funciona perfeitamente se for apenas imaginada e não vista. E que não dá para ser lida fora de ordem ou separada mas que, lida corretamente deixa saudades quando terminamos. Há quem não goste e tenha ficado decepcionada mas é uma questão de ponto de vista que respeito.

PS: Dedicado com carinho à autora E. L. James e às amigas com as quais conversei muito sobre 50 tons: Elaine, Renata, Vanessa, Nádia, Gabriela e Glisiele. Obrigada, meninas. Beijos.


Comentários

  1. Que legal Patthy! Vejo que Grey ganhou mais uma fã. Eu li os três e confesso que sou totalmente anti Grey. Acho ele mimado e birrento, como uma criança mal educada. Mas gostei da sua crítica. Percebi que gostou. E é assim mesmo, o que seria do azul se todos gostassem do vermelho e vice versa. O que posso dizer é que assim como Crepúsculo que nos trouxe muitos livros bons de vampiros, Cinquenta Tons nos trouxe livros melhores que ele ainda mais bem amarrados. Sou fã dos livros do gênero, desde que a literatura erótica tenha um fundo e não só cenas de sexo vazias. Leio mesmo, gosto e tenho meus preferidos... Deixo aqui a indicação de duas séries: a trilogia Gabriel´s Inferno do autor Sylvain Reynard, uma verdadeira obra de arte, sensual e poética e a série Crossfire da autora Sylvia Day. Para nós fãs de espionagem e artes clássicas tenho certeza que vc vai amar. Eu adorei!!! São meus preferidos na literatura erótica e considero de qualidade superior as obras da James. Ah, e eu gostei muito do filme de 50 Tons! Achei a adaptação muito melhor que o livro. Beijos querida e obrigada pela dedicatória! Amo seu cantinho, amo ler e fico feliz em vir sempre por aqui!

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    1. Obrigada pela visita e se concordamos ou não é outra coisa. O q seria do Lazemby se todos gostassem do Connery rs. Claro q iria dedicar à vc tb pois todas essas meninas de certa forma me ajudaram a construir esse post. Inclusive vc. Sim, Grey ganhou mais uma fã. Bjs

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