Amor e Revolução: uma aula de história com Tiago Santiago

Wallpaper de Amor e Revolução. Arte: SBT
Quem me conhece sabe o quanto sou noveleira. Mas não sou obcecada tipo, dessas que se saírem no horário da novela e perder o capítulo fica brava ou perdida. Não deixo gravando nem piro, leio um rápido resumo (ou não) e sigo do capítulo do dia seguinte, aproveitando aquele resuminho do começo. E acompanho desde o primeiro dia até o último.
Já acompanhei tramas melosas, engraçadas, dramáticas, cheias de ação, de época, estrangeiras, nacionais. E de algumas, assisto também as reprises quando passam (mas é preciso que eu tenha gostado muito para isso acontecer). Aprendi com as novelas de época coisas que a escola só ensina na base da "decoreba" chatíssima, chatérrima. E sabem, por causa de uma novela de época acabei tirando um "A" bem redondo e literalmente fazendo história na E.E. "Nossa Senhora da Penha".
 Mas, vamos ao assunto central do post.
Estreiou terça - feira a novela "Amor e Revolução" do jovem autor Tiago Santiago no SBT.
A novela retrata o amor entre uma revolucionária e um militar. Já houveram outras novelas e também minisséries que trataram da Ditadura Militar mas ninguém, absolutamente ninguém ousou tanto numa novela com esse tema como Tiago Santiago.
Apesar do romance central com os protagonistas vividos por Cláudio Lins e Graziela Schmidtt, o foco principal é realmente o período militar. Com cenas de torturas e assassinatos a sangue frio, prisões e preseguições  fortes, quase que reais e também depoimentos de pessoas que viveram na carne a realidade daqueles dias horríveis.
E logo na primeira semana, um depoimento forte de uma das companheiras de prisão política da Presidente Dilma Rousseff. Dizem, mas não é confirmado, que a própria Presidente recebeu um convite do autor da novela para gravar um depoimento.
Conheci Tiago Santiago pessoalmente num evento que um amigo meu organizou em 2009 por ocasião da novela Os Mutantes. Só que além da simpatia e carisma dele jamais suspeitei tamanha coragem e ousadia.. Para quem não se lembra de Tiago Santiago, ele é co - autor de Vamp e um dos váaaaarios autores de Malhação.
Há muito tempo eu não via no SBT uma trama de época tão boa como esta, acho que desde Sangue do meu Sangue de 1994 que retratava a época da escravidão no Brasil e onde aprendi como se deve sobre a Lei Áurea (por causa dessa novela tirei o "A"  memorável que relatei no começo do post). Vou acompanhar Amor e Revolução conforme der pela TV e acompanhar o hotsite que é este http://www.sbt.com.br/amorerevolucao.
Parabéns à todo o elenco e ao autor pela ousadia e pela qualidade de produção que há muito eu não via no SBT. Sucesso #AmoreRevolucao! Uma verdadeira aula de história pela TV.

Obs: Post dedicado à Tiago Santiago, produção e elenco da novela Amor e Revolução e também à todos aqueles que lutaram pela Democracia no país.

Comentários

  1. Patthy, acho que as criticas a novela tem um único carater, ela não aliena portanto não interessa passar algo assim para o povo. Não gosto de novela, prefiro um bom seriado mas confesso que estou gostando sim da linguagem da novela.

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  2. Oi Pathy, parabéns pelo seu blog.

    A ideia é boa, pois se não me engano é a primeira trama da teledramaturgia brasileira q se passará integralmente no período da ditadura militar.

    Espero q novela decole, mas apesar do tema ser fantástico, acho q faltou um elenco de peso para atrair o público, principalmente os protagonistas pois tanto a Graziella Schmitt qto o Cláudio Lins são apenas "bons" atores, não sei se ambos tem caixa para encabeçarem uma trama tão interessante.

    Mais seria muito mais legal se o SBT tivesse feito uma minissérie, eles teria muito mais condições de competir com a GLOBO, pois esse é o grande objetivo do Silvio Santos.

    Obs.: hj é o aniversário do Rei (parabéns a Roberto Carlos pelos seus 70 anos)

    Bjão (Claudio Duque)

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